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Perfil: Felipe Índio

Perfil: Felipe Índio

Perfil: Felipe Índio

  • Posted by Igor Ramos Igor
  • On Maio 29, 2024
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  • A bola do jogo, Futevolei, Futevolei Brasil, Volei
  • Cidade Natal: Morro de São Paulo – BA
  • Residência: Salvador – BA
  • Altura: 1,82
  • Inspirações: Neguinho e Tadeu

Nome conhecido e respeitado no mundo do futevôlei, teve uma trajetória marcada por desafios, sacrifícios e uma dedicação incansável. Desde cedo, ele mostrou uma habilidade natural para os esportes, mas foi no futevôlei que encontrou sua verdadeira paixão e vocação. A história de Felipe Índio é um exemplo inspirador de perseverança e amor pelo esporte.

Felipe começou sua jornada no esporte jogando futebol. “Eu jogava futebol, saí de casa com 13 anos para jogar futebol. Passei a morar em algumas cidades, aqui na Bahia, até que fui para o Piauí jogando futebol. Tinha acabado de completar 17 anos jogando a Copa do Brasil pelo River do Piauí,” relembra. No entanto, após essa experiência, ele decidiu voltar a morar com seus pais. Foi então que recebeu um convite que mudaria sua vida.

Um amigo de Felipe, que hoje é seu sócio, o convidou para abrir uma escolinha de futevôlei. “Isso já vai fazer 4 anos. Foi onde tudo aconteceu na minha vida, onde comecei a me envolver com o futevôlei de verdade, com 17 anos,” explica. Apesar de já ter jogado altinha e redinha de forma descontraída na praia, foi nesse momento que Felipe começou a levar o esporte a sério.

Felipe se mudou para Salvador aos 18 anos e começou a treinar futevôlei de verdade. “Eu tinha alguma facilidade por conta do futebol, era muito técnico no futebol, mas futevôlei é um pouco mais difícil. Porque a bola tem que subir, a gente não pode dominar, então acaba sendo um pouco mais difícil,” diz ele.

Apesar das dificuldades iniciais, Felipe sempre teve uma mentalidade forte e um desejo ardente de melhorar. Ele se dedicou ao esporte e contou com o apoio de pessoas ao seu redor que acreditavam em seu potencial. “Eu sabia que poderia chegar no mais alto nível,” afirma com convicção.

Os primeiros resultados começaram a aparecer em torneios marcantes. Felipe lembra com carinho de um evento em particular, o Taquari. “Eu fui para o evento para jogar duas categorias. Para atravessar de Salvador para Guaibim, tinha que pegar uma lancha, e na hora de sacar o dinheiro para pagar a passagem, meu cartão bloqueou. Eu só tinha 100 reais na conta. Pensei, e agora, meu Deus, viajo ou não viajo? Decidi viajar e cheguei lá. Fui campeão da categoria série B,” conta, mostrando a determinação e a coragem que o impulsionam.

No domingo do mesmo evento, Felipe ficou sem parceiro, mas foi chamado por Coala para jogar. Eles enfrentaram as melhores duplas do cenário baiano e chegaram à final. “Perdemos para Gustavo e Biel, mas batemos nas melhores duplas. Foi um evento muito marcante no início para mim,” diz.

No caminho para o sucesso, Felipe teve influências importantes que moldaram sua carreira. Ele destaca Neguinho e Tadeu, ambos de Morro de São Paulo, como seus primeiros professores, além de amigos de Salvador que sempre o incentivaram. “Eles me ensinaram muito e me ajudaram a crescer no esporte,” reconhece.

Os sacrifícios também fizeram parte da trajetória de Felipe. “Estar longe da família é o principal. Isso já é desde o início, desde os 13 anos, tendo que se virar de tudo que é jeito. Mas tem que continuar trabalhando para buscar o melhor para eles também,” explica.

A história de Felipe Índio é um testemunho de como a paixão, o trabalho árduo e a resiliência podem transformar vidas. De um jovem jogador de futebol, ele se tornou uma referência no futevôlei, inspirando muitos com sua trajetória de sucesso e determinação.

A ascensão no Futevôlei

A história de Felipe Índio no futevôlei é marcada por uma trajetória de desafios, parcerias e sucessos. Uma das parcerias mais significativas e frutíferas em sua carreira foi com seu xará Felipe Iceman, um colega de esporte com quem desenvolveu uma forte conexão tanto dentro quanto fora das quadras.

Índio e seu parceiro Iceman se conheceram há quatro anos, em um momento crucial para ambos. “Ele jogava com o Carlinhos na época, mas a parceria deles já estava no fim, não estavam indo bem nos eventos”, relembra.

A oportunidade de jogarem juntos surgiu de forma inesperada, quando Carlos, o parceiro de Iceman, teve que viajar. Foi então que Índio e Iceman se juntaram para competir em um evento na cidade natal de Iceman.

“Nesse evento, competimos contra duplas renomadas como Brisa e Sandrey, Hiltinho e Franklin. Nós éramos a única dupla da Bahia na semifinal,” conta Índio.

A parceria entre Índio e Iceman se solidificou após esse evento. “Depois de um tempo, Felipe (Iceman) e Carlos encerraram a parceria, e eu convidei Felipe para morar em Salvador comigo e fecharmos a dupla. Já faz dois anos que jogamos juntos,” explica Índio, ressaltando a importância dessa decisão em suas carreiras.

A rotina de treinamentos da dupla é intensa e adaptada às competições. “Depende das viagens e das competições. Se temos uma semana de descanso, vamos à academia três vezes por semana e fazemos o complemento na areia. Se temos competições todos os finais de semana, priorizamos mais a areia e vamos à academia uma vez só,” detalha.

A rotina de viagens também pode ser exaustiva, com conexões e madrugadas acordadas, mas a dupla está sempre focada em manter a melhor forma física e técnica.

Lidar com a pressão das competições é algo que Índio encara com tranquilidade. “Eu sou muito tranquilo e vibro muito. Sinto a questão do jogo, mas sei que estou ali para ser feliz. Se perder, sei que no próximo final de semana farei a mesma coisa. E isso vai ser para o resto da minha vida,” compartilha Felipe. Ele reconhece que o primeiro jogo de cada torneio é sempre o mais desafiador devido ao nervosismo inicial, mas rapidamente supera essa sensação e se concentra em aproveitar o momento.

O apoio da família e dos amigos é uma constante na carreira de Felipe Índio. “Eles sempre me apoiaram, desde o futebol. Independentemente dos resultados, estão sempre comigo, me apoiando,” diz, com gratidão evidente em suas palavras. Ele destaca o apoio emocional de sua mãe, que sente mais nervosismo do que ele próprio durante as competições. Esse suporte é fundamental para sua motivação e sucesso.

O reconhecimento do trabalho de Felipe Índio na Bahia é motivo de orgulho. “É bom demais saber que somos referência para o nosso estado e para o Brasil. Vários jovens torcem por nós, nossos amigos nos apoiam e isso é muito gratificante. É fruto do nosso trabalho,” afirma. Ele destaca os sacrifícios feitos, como acordar cedo para treinar, abdicar de momentos com a família e amigos, e o compromisso contínuo com o esporte.

Entre os títulos conquistados, Felipe menciona o CBFut no início de 2023 como o mais importante. “Foi um título que todo mundo esperava. Em 2023, batemos em algumas finais, mas só no início do ano conseguimos ser campeões. O CBFut fica em primeiro por conta de toda a trajetória,” celebra, refletindo sobre o impacto dessa vitória em sua carreira.

Objetivos e inspiração para a Bahia

Ao longo de sua trajetória no futevôlei, Índio consolidou-se como um dos nomes mais respeitados e carismáticos do esporte. Com uma carreira marcada por desafios superados, parcerias estratégicas e um apoio familiar inabalável, Felipe continua a mirar alto em seus objetivos futuros, mantendo a humildade e o carisma que o tornaram uma figura querida tanto pelos colegas de esporte quanto pelos fãs.

Quando questionado sobre seus próximos objetivos, Felipe não hesita em afirmar sua ambição de se manter entre as principais duplas do cenário do futevôlei. “Eu acho que o principal no cenário é se manter entre as principais duplas e continuar levando nosso estado ao lugar mais alto do pódio,” declara, reafirmando seu compromisso não apenas com o esporte, mas também com o orgulho de representar a Bahia. Este objetivo reflete não só a busca por títulos, mas também o desejo de inspirar a próxima geração de atletas baianos.

A personalidade de Índio é uma das chaves para seu sucesso. Conhecido por seu carisma, ele faz questão de manter uma postura acessível e amigável com todos ao seu redor.

Além de seu comportamento dentro e fora das quadras, Felipe também se dedica intensamente ao treinamento e ao desenvolvimento como atleta. “Pode esperar um Índio muito forte, como atleta, como pessoa,” promete ele, indicando que seu compromisso com o autoaperfeiçoamento é constante. Isso inclui não apenas a parte física e técnica do esporte, mas também o crescimento pessoal.

Para aqueles que estão começando no futevôlei, Felipe tem conselhos valiosos. “Não desista, treine e bote Deus como prioridade na sua vida são os principais conselhos que eu dou aí para quem tá começando,” afirma. Esse conselho reflete a própria jornada de Felipe, marcada por perseverança e trabalho árduo. Ele acredita que esses elementos são fundamentais para qualquer pessoa que deseja alcançar altos níveis de desempenho no esporte.

A trajetória de Felipe Índio é uma inspiração não apenas para aspirantes a atletas de futevôlei, mas para qualquer pessoa que enfrenta desafios em busca de seus sonhos. Índio mostra que a combinação de talento, dedicação e uma atitude positiva pode superar obstáculos aparentemente intransponíveis.

Seu desejo de se manter no topo e de continuar inspirando jovens atletas reflete uma paixão pelo esporte que vai além das vitórias e troféus. É sobre legado, comunidade e a alegria de jogar – valores que Índio carrega com ele.

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